E.E.
Prof. Catharina C. Padovani
Texto
compilado por Prof. Wil Martins
Uma defesa do direito a uma vida sem
violência, diversas organizações políticas foram criadas no mundo após a
Segunda Guerra Mundial. De que modo elas têm atuado?
Os direitos humanos
são direitos fundamentais de todo ser humano, sem nenhuma discriminação, seja
étnica, social, econômica, jurídica, política ou ideológica. Eles constituem
condição indispensável para se alcançar uma convivência em que todos sejam
respeitados indistintamente.
Os direitos humanos
são:
•
universais: todas as pessoas devem ter a mesma
dignidade;
•
naturais: sua origem não é o Estado ou as leis,
mas a própria natureza humana;
•
inalienáveis: nenhuma pessoa pode renunciar a eles ou
negociá-los, e o Estado não pode dispor dos direitos dos cidadãos;
•
invioláveis: não podem ser destruídos, o que
constituiria um atentado contra a pessoa;
•
obrigatórios: impõem às pessoas e ao Estado a
obrigação de respeitá-los, mesmo que não exista uma lei que assim o estabeleça;
•
indivisíveis: suprimir qualquer um deles põe em risco
o respeito aos demais.
Para garantir que os
direitos humanos sejam respeitados, é preciso mais que uma declaração formal;
são necessárias disposição das sociedades em observá-los e punição para os que
violam os princípios de igualdade dos seres humanos.
0 termo apartheid - que na
língua africânder significa "vida em separado" - foi usado para
designar o regime segregacionista que se implementou na África do Sul em 1910 e
se oficializou em 1948. Nesse regime, os brancos impuseram aos negros diversas
restrições: os negros eram excluídos do governo e não podiam votar nem exercer
certas atividades; eram confinados em áreas das cidades onde raramente havia
saneamento e eletricidade; seus hospitais estavam sempre em péssimas condições;
não obtinham acesso às faculdades; usavam meios de transporte separados; não
podiam frequentar restaurantes e hotéis; e o casamento com brancos era
proibido.
Estatuto da Criança e do Adolescente
0 Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é uma lei brasileira que
estabelece políticas de proteção e de atendimento às necessidades da infância
e da juventude, sem discriminações. Insere-se no contexto da defesa dos
direitos humanos, especificamente de crianças e jovens em condição de risco. Os
avanços conseguidos por meio da lei são inegáveis, principalmente com relação à
mortalidade infantil e à universalização do ensino fundamental, embora os
resultados, de modo geral, ainda estejam abaixo do esperado.
O conjunto de direitos humanos não foi criado de uma única vez, mas em
diferentes momentos da história da humanidade. A ordem cronológica de
surgimento dos direitos humanos é a base da classificação por geração.
•
Direitos civis e políticos: primeiros direitos a
ser reconhecidos, eles consideram a pessoa como ser livre e autônomo, não
ligado a um grupo ou coletivo. Os direitos dessa primeira geração estão
diretamente relacionados com a preservação da dignidade humana. O direito à
vida é o mais importante deles. Outros direitos civis importantes são: o
direito à igualdade perante a lei, sem discriminação; à integridade física e
moral; a praticar livremente a própria religião ou a não ter nenhuma; à
liberdade de expressão; à liberdade de informação; à liberdade de circulação,
direito do cidadão de participar da vida política, elegendo seus representantes
ou candidatando-se aos cargos públicos, e outros.
•
Direitos econômicos e sociais: direitos da segunda
geração, agregados aos anteriores. Situam o indivíduo em um conjunto
social, seja pela atividade que desempenha - empregado, empregador etc. -, seja
porque requer proteção especial - menores, idosos, desempregados, enfermos etc.
Leia o quadro 6.
•
Direitos de solidariedade: na década de 1980,
generalizou-se o reconhecimento de direitos que só podem ser garantidos
mediante a participação solidária de todos os membros da sociedade. São os
direitos de terceira geração, que recaem sobre os sujeitos coletivos e
incluem a paz, o progresso integral como pessoa e como coletivo, o meio
ambiente saudável e equilibrado, e o patrimônio comum da humanidade.
Os direitos humanos representam a
oficialização da igualdade de oportunidades para todos os seres humanos,
essencial para a construção de uma sociedade justa. No entanto, requerem a
participação igualitária de todos os que integram essa sociedade. A democracia,
por estar associada a determinados valores, entre os quais a tolerância, a
solidariedade e o respeito pelos outros, é condição fundamental para essa
construção.
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