domingo, 13 de abril de 2014

aula 2º ano Ensino Médio

GEOGRAFIA – Prof. Wil Martins
E.E. Prof. Catharina C. Padovani
A GÊNESE GEOECONÔMICA DO TERRITÓRIO BRASILEIRO


Texto compilado por prof. Wil Martins

COLONIZAÇÃO: Relação entre uma sociedade que se expande e os lugares onde ocorre essa expansão, configurando uma conquista territorial ou uma adição de território ao patrimônio do colonizador.
- colonização de exploração: é um método onde prevalecem os interesses mercantis, ou seja, a terra é utilizada somente para dar lucros à metrópole. Essa permanência em novo território seria provisória, uma vez que as famílias dos navegantes exploradores ficavam no país de origem desses - no continente europeu.
Sendo a lucratividade o interesse principal, foram desenvolvidas várias técnicas que caracterizaram esse sistema de colonização; técnicas hoje conhecidas como "plantation"(Latifúndio, Monocultor, Escravocrata):
·         Latifúndio (extensa propriedade agrícola)
·         Monocultor (especialização de um produto, no Brasil foi o caso da cana-de-açúcar)
·         Escravocrata (força de trabalho escrava)

- colonização de povoamento: é classicamente, conceituada como "o tipo de colonização onde os colonizadores povoavam e desenvolviam a terra". Mas, há controvérsias, porque vários historiadores concordam com a ideia de que "não se pode povoar uma terra sem explorá-la e não se pode explorar uma terra sem povoá-la"

COLÔNIA: Representa a consolidação de domínio territorial, o que implica apropriação de terras, submissão das populações defrontadas e exploração dos recursos presentes no território colonial.

·         Na maioria das vezes foi utilizado o uso de violência na conquista e domínio das colônias.

ECONOMIA COLONIAL: O que caracterizava a economia colonial eram as relações escravagistas de produção que o Brasil manteve até 1888. A implantação do capitalismo no Brasil se deu quando foram introduzidas as relações assalariadas de produção.

D.I.T. : A divisão do trabalho ou da produção imposta pelos países colonizadores (metrópoles) às suas colônias que determinava o fornecimento de produtos primários e a compra de produtos manufaturados e industriais estabelecia a interdependência econômica entre ambos.

ACUMULAÇÃO PRIMITIVA DE CAPITAL: Processo de acumulação de riquezas ocorrido na Europa (séculos XVI a XVIII) que possibilitou grandes transformações econômicas ocorridas com a 1ª Rev. Indl. (XVII e XIX)

ESPAÇOS EXTROVERTIDOS: Espaços geográficos produzidos e organizados para atender o mercado externo. Ex. Agroindústria da cana-de-açúcar (XVI e XVII); Espaço da mineração (XIX e XX); Espaço do café (XIX e XX).

ARQUIPÉLAGO ECONÔMICO: Falta de integração entre as economias regionais que se constituíram como espaços relativamente autônomos de produção e consumo, em grande parte resultantes da economia colonial.

CICLO ECONÔMICO
                                   Período                                   Área                            Destino
Cana-de-açúcar            Sec. XVI e XVII             Litoral do Nordeste       Mercado europeu
Mineração                    Século XVIII                 MG, MT e GO               Portugal e ouro para Inglaterra
Café                            Sec. XIX e XX              RJ, SP, MG, ES           Europa e EUA










TERRITÓRIO BRASILEIRO: DO “ARQUIPÉLAGO” AO CONTINENTE

            Entre o século XVI e o início do século XX (até 1930), o Brasil era um país desarticulado devido a três fatores:
1.     Povoamento: concentrado no litoral e ao longo dos rios (influência do “meio natural”)
2.     Ausência de integração: as áreas econômicas mais ativas e densamente povoadas estavam isoladas comunicando-se apenas por via marítima (influência do “meio natural”).
3.     Ocupação econômica: até meados do século XX, foi estimulada pela demanda de produtos para o comércio exterior.

MEIOS TÉCNICOS: O território brasileiro incorporou a utilização das máquinas (telégrafos, ferrovias, portos, etc) de forma seletiva caracterizando desigualdades regionais.
            No século XIX, como desenvolvimento da economia cafeeira no Sudeste, verificou-se uma inflexão (alteração da direção) no processo de valorização do território brasileiro e suas principais características foram:
- Construção de sistemas técnicos com o surgimento de setores comerciais e bancários, associados às novas condições de transportes e comunicações.
- Relativa integração do território que até o início do século XX estava entre Rio e São Pulo.
- Industrialização que ocorre intensamente em São Paulo e arredores.
- Ocupação econômica que na década de 1950 foi favorecida em virtude da ampliação dos esforços para equipar o espaço nacional com vias de circulação e infraestrutura.
- Construção de Brasília mascando o processo de interiorização.

MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL: Seu funcionamento tem como base técnica a fusão das tecnologias da informação com as telecomunicações, gerando as novas tecnologias da informação.
Desde a década de 1970 o território brasileiro apresenta novas e significativas transformações:

- Infraestrutura e integração nacional: aproveitamento das principais bacias hidrográficas para a produção de eletricidade; modernização dos portos; construção de ferrovias; desenvolvimento da rede rodoviária; instalação da rede de telecomunicações.
- Diversificação econômica e desconcentração industrial: a indústria tornou-se diversificada e iniciou a sua desconcentração.
- Nova fase de urbanização: Desde a década de 1970 ocorre a difusão do fenômeno urbano em todas as regiões.
- Região concentrada: é a área onde se verificam os acréscimos de ciência e tecnologia ao território (Estados do Sul e Sudeste)



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