quarta-feira, 23 de abril de 2014

Aula 1ºano E.M. - Fluxos e Redes Geográficas

GEOGRAFIA – Prof. Wil Martins
E.E. Prof. Catharina C. Padovani
Texto compilado por Prof. Wil Martins
FLUXOS E REDES GEOGRÁFICAS
O capitalismo necessita se globalizar ou se mundializar para que extraia mais-valia nos mais diferentes locais do mundo, ou seja, é uma globalização do processo de produção. As grandes empresas não precisam de um território como um todo, pois elas trabalham com pontos particulares que são alavancas da realização da sua riqueza.
O "meio técnico-científico-informacional" é uma criação da sociedade capitalista, sendo decisivo para a otimização da realização do capital. O capitalismo tem uma dimensão social (na cultura, relações trabalhistas, etc) e tem uma dimensão espacial-territorial. A sociedade capitalista está globalizando a sua produção e criou o "meio técnico-científico-informacional" para a sua própria existência.
Nas últimas décadas do século XX, com o esgotamento do fordismo e a emergência da revolução tecnocientífica, os novos padrões locacionais apontam no sentido da desconcentração espacial das indústrias. As antigas concentrações industriais dos países desenvolvidos vêm perdendo terreno para novas regiões produtivas marcadas pelo uso de tecnologias modernas e pela forte integração com os centros de produção de pesquisa e desenvolvimento das universidades.
A estrutura em rede das corporações transnacionais se dissemina a partir da década de 1970, com a emergência do ciclo de inovações conhecido como revolução tecnocientífica que tem seu núcleo na informática, ou seja, no entrelaçamento da indústria de computadores e softwares com as de telecomunicações. Os avanços nas técnicas de armazenamento e processamento de informações foram potencializados pelas redes digitais, cabos de fibra ótica e satélites de comunicações. Essas novas tecnologias permitem a gestão informatizada dos fluxos de informação e de produtos e inauguram o regime de acumulação flexível (flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e padrão de consumo.), Caracteriza-se pelo surgimento de setores de produção inteiramente novos, novas maneiras de fornecimento, de serviços financeiros, novos mercados e, sobretudo, taxas altamente intensificadas de inovação comercial, tecnológica e organizacional. A acumulação flexível envolve rápidas mudanças dos padrões de desenvolvimento desigual, tanto entre setores como entre regiões geográficas, criando, por exemplo, um vasto movimento no emprego, no chamado “setor de serviços”, bem como conjuntos industriais completamente novos em regiões até então subdesenvolvidas.
O espaço geográfico, na vigência deste "meio técnico-científico-informacional", está organizado de uma maneira onde os fluxos se aceleram, sendo esta a ordem das redes geográficas. A idéia de "rede" é importante para poder explicar a realidade, pois as relações culturais-produtivas-sociais estão cada vez mais horizontalizadas. Estas redes são a forma principal dos espaços da globalização, sendo essenciais para que este fenômeno se materialize ou se concretize. As redes geográficas levam em conta “espaços descontínuos”, com uma abrangência horizontal, mas intensamente articulados.
Para a melhor potencialização da produção são necessárias uma padronização dos lugares e uma horizontalização dos pressupostos capitalistas, fazendo fluir mais dinamicamente a produção em uma “destruição criativa”. A corrida pela inclusão na rede a um só tempo aproxima e afasta as componentes sociais do lugar. Acirra as disputas internas dos lugares e entre as forças dos distintos lugares. E assim um caráter novo de luta política aparece dentro e em decorrência do que é o novo caráter do espaço, exigindo que se reinvente as formas de ação e que se deixe em posição subalterna as formas clássicas mais antigas.

As redes geográficas são a expressão do “espaço pós-fordista” (ou toyotista), sendo essenciais para que o processo de globalização ocorrer, para a sociedade capitalista sobreviver e para que o "meio técnico-científico-informacional" se realize.
As redes são realidades concretas, formadas por pontos interligados, que tendem a se espalhar por toda a superfície terrestre, ainda que de maneira descontínua. Essas redes se constituem na base da modernidade atual e na condição necessária para a plena realização da economia global. Elas formam ou constituem o veículo que permite o fluxo das informações, que são hoje o motor principal da globalização.
No Brasil, o “espaço fordista” só se consolidará totalmente durante o segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2006-2010), pela consolidação do consumo (destacando programas de aumento de renda familiar, tal como a “Bolsa Família”). Atualmente temos em nosso território o “espaço pós-fordista ou toyotista”, levando a globalização produtiva da sociedade capitalista às últimas consequências, integrando horizontalmente vários locais distantes localmente. A exclusão e a desigualdade social e territorial estão ainda maiores e cada vez mais planejadas.
O “espaço pós-fordista ou toyotista” cria territórios de exclusão, levando o processo de globalização às ultimas consequências. A globalização, as “redes geográficas” e o "meio técnico-científico-informacional" estão mais desenvolvidos na sociedade capitalista, até para que a produção capitalista ocorra de maneira mais lucrativa para a burguesia, fazendo com que o capital se reproduza de maneira mais potencializada. 
Para que esta rede produtiva seja instalada, o Estado deve exercer importante função através da pesada repressão policial-militar que o bloco industrial agrário impõe ao movimento operário esta ampla tutela: a jurídico política (tutela sindical-trabalhista) e a ideológico-cultural (tutela escolar). Desarticulado organicamente pelos aparatos repressivos do Estado, o operariado e igualmente desarticulado em seus parâmetros de existência. Progressivamente, completa-se a desagregação da sua condição de classe, sob um modo de vida imposto pelas articulações do capital, via Estado corporativo: no espaço-fabril-bairro se dissolve no espaço-mercado, e a consciência de classe se dissolve na cultura formal-escolar.
Principalmente através destes aparatos, temos uma verdadeira “globalização” produtiva e de territórios, com unificação de lugares e de espaços regionais dantes isolados. Esta globalização em rede também se dá na padronização dos modos de vida dos moradores das cidades e dos campos, possibilitando a perda da individualidade e muito da identidade local destas pessoas.
            Compreender a rede geográfica é determinante para compreender o fenômeno de globalização, a sociedade e o espaço contemporâneo. As exclusões e desigualdades espaciais e sociais são a raiz do Modo de Produção Capitalista e é uma contradição do capital compreendida na “lei do desenvolvimento desigual e combinado”. Só há uma igualdade aparente no mercado, que desaparecerá na esfera da circulação, com a desigual distribuição de renda ou das riquezas (ao patrão cabe a riqueza e ao empregado a pobreza). Há também uma desigualdade nas taxas de mais-valia entre os capitalistas nas diferentes empresas. Esta desigualdade combinada só tende a ampliar na reprodução da acumulação do capital. 
Os fluxos são: mercadorias, informações, capitais e pessoas.
Redes são: Redes de transporte, Rodovias, Ferrovias, Hidrovias, Aerovias, Redes de Comunicação, Satélite
Linhas telefônicas, Antenas parabólicas, Fios, Cabos, Diversos aparelhos
Os fluxos de pessoas é cada vez maior o numero de pessoas que viajam pelo mundo.

Os motivos são diversos: Trabalho, Turismo, Melhores condições de vida, Fugindo das guerras, perseguição políticas ou religiosas.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Circuitos da produção ( 2º ano E.M. )

GEOGRAFIA – Prof. Wil Martins
E.E. Prof. Catharina C. Padovani
Texto compilado por prof. Wil Martins
                                   http://www.brasilescola.com/geografia/toyotismo-acumulacao-flexivel.htm

2º ANO E.M.
OS CIRCUITOS DA PRODUÇÃO
INDÚSTRIA
Uma indústria é um conjunto de empresas que produzem ou vendem produtos semelhantes ou que prestam serviços semelhantes. As fazendas compõem a indústria da agricultura, ou indústria agrícola. As fábricas fazem parte da indústria manufatureira. As escolas integram a indústria de serviços educacionais. Portanto, ao contrário do que normalmente se pensa, o termo “indústria” não significa apenas “fábrica”, mas toda atividade organizada em grande escala.
As indústrias são importantes para a economia de cada país. A primeira indústria humana foi a agricultura. Esta ainda é a indústria principal da maioria dos países em desenvolvimento.
Outra indústria que está entre as primeiras a terem surgido é a da mineração, ou seja, a extração de metais e outros materiais da terra. Desde os tempos pré-históricos os humanos extraem metais para produzir ferramentas e outros bens.
As indústrias manufatureiras fabricam bens com as matérias-primas produzidas pela agricultura e pela mineração. Esses bens servem para uso cotidiano, como roupas, carros, computadores, papel e alimentos processados. Outra indústria é a da construção civil. Os trabalhadores da construção constroem casas, prédios, estradas, portos, pontes, barragens, usinas e sistemas de esgotos, por exemplo.
A indústria de serviço domina as economias dos países desenvolvidos. Os trabalhadores da indústria de serviços não fornecem bens concretos — em vez disso, realizam ações. Professores, mecânicos de automóveis, barbeiros, pintores de paredes, banqueiros e atores, todos atuam na indústria de serviços. Uma das mais importantes entre as indústrias de serviços é a das telecomunicações. Ao conectar telefones e computadores, as telecomunicações permitem que pessoas falem com outras que estão a grandes distâncias.
Revoluções industriais: Primeira, segunda e terceira revoluções.

Nos primórdios da presença humana na Terra, as modificações que o homem produzia eram muito pequenas, sobretudo, antes do desenvolvimento da atividade agrícola. No decorrer da história da humanidade, com o crescimento populacional e com o desenvolvimento de novas técnicas, o domínio de novas tecnologias e os novos instrumentos de produção, as intervenções nas paisagens foram sendo cada vez mais intensas e amplas.
Nesse sentido, um marco na relação sociedade-natureza e no estabelecimento de novas formas de produção foi a Primeira Revolução Industrial.
Essa Revolução Industrial foi um processo iniciado na Inglaterra, aproximadamente na metade do século 18, que teve como um dos principais acontecimentos a invenção da máquina a vapor e sua aplicação na produção têxtil, ou seja, na fabricação de fios e tecidos.
Esse processo trouxe modificações significativas na economia e na sociedade, que se tornaram mais complexas, e, por consequência, no espaço geográfico: aumentou a quantidade de profissões, de mercadorias produzidas, de unidades de produção (as fábricas); as cidades passaram a crescer, em alguns casos, num ritmo bastante acelerado; o campo conheceu um processo de mecanização; foram estruturadas ferrovias, que aumentaram a capacidade de circulação de mercadorias e pessoas, além de terem agilizado o transporte; a necessidade por matérias-primas agrícolas e minerais ampliou-se significativamente e, em decorrência disso, muitos povos foram explorados, sobretudo no continente africano.
Essas modificações foram, num primeiro momento, restritas aos países que hoje denominamos de desenvolvidos - diversos da Europa, como Alemanha, França,Bélgica e Holanda entre outros, além da própria Inglaterra; EUAJapão. A partir de meados do século 20, alguns países subdesenvolvidos se industrializaram, entre eles, o Brasil, mas o processo verificado nesses países é diferente daquele que ocorreu nos desenvolvidos, pois, por exemplo: o capital (dinheiro e máquinas) veio, em boa parte, de fora (de outros países), assim como a tecnologia, por meio de empresas estrangeiras (multinacionais).

Segunda Revolução Industrial
Desde a Primeira Revolução Industrial, o avanço tecnológico passou a atingir um ritmo bastante acelerado e isso se intensificou a partir da segunda metade do século 20 (Terceira Revolução Industrial), com o lançamento contínuo de novos produtos, a elaboração de novas máquinas e o aprimoramento de equipamentos de informática e de robôs, sempre controlados pelas grandes empresas multinacionais que possuem sedes nos países desenvolvidos e por esses países mesmos.
Na Segunda Revolução Industrial, entre meados do século 19 e meados do século 20, diversos inventos passaram a ser produzidos e comercializados: automóvel, telefone, televisor, rádio, avião.
Essas situações de avanço tecnológico contínuo e modernização de equipamentos e produtos podem contribuir para que as pessoas desvalorizem o que não é moderno, inclusive, as sociedades que têm uma grande riqueza cultural, nas quais a criatividade humana está presente de forma marcante, como nas diversas sociedades indígenas que habitam o Brasil.

Terceira revolução industrial
Logo após a Segunda Grande Guerra, a economia internacional começou a passar por profundas transformações. Elas caracterizam a Terceira Revolução Industrial, diferenciando-a das duas anteriores, uma vez que engloba mudanças que vão muito além das transformações industriais.
Essa nova fase apresenta processos tecnológicos decorrentes de uma integração física entre ciência e produção, também chamada de revolução tecnocientífica.

SÍNTESE DAS FASES DAS REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS
Primeira Fase 
- Teve inicio na Inglaterra em meados do século XVIII.
- O pioneirismo inglês pode ser explicado pela existência no país de minas de carvão mineral (fonte de energia) e minério de ferro (matéria-prima).
- O capitalismo industrial teve grande impulso.
- Foi possível graças ao acumulo de capital.
- Invenção e uso de novos sistemas de transporte como, por exemplo, ferroviário (locomotivas a vapor) e navios a vapor. Estas invenções eram para suprir a necessidade de transporte de mercadorias em larga escala.
- Foi uma fase de transição do sistema de produção artesanal para o industrial. 
- Houve a invenção de diversas máquinas movidas a vapor.
- Os trabalhadores das fábricas recebiam salários baixos, enfrentam péssimas condições de trabalho e não tinham direitos trabalhistas.
- Houve o uso de mão-de-obra infantil e feminina com salários abaixo dos homens.
- Busca de matérias- primas e mercados consumidores na África e Ásia, através do neocolonialismo.
Segunda Fase
- Teve inicio nos Estados Unidos no final do século XIX e começo do século XX.
- Criação e uso de novas tecnologias como, por exemplo, veículos automotores e aviões (carros, ônibus, etc).
-  Houve também um significativo aperfeiçoamento nas tecnologias usadas nas máquinas industriais que se tornaram mais eficientes.
- Sistemas de produção mais eficientes, resultando em maior produtividade com redução de custos como, por exemplo, o fordismo.
- Uso do petróleo e energia elétrica como fontes de energia principais.
- Avanços na área de telecomunicações como, por exemplo, telefone e rádio.
Terceira Fase
- Liderada também pelos Estados Unidos, teve inicio com o final da Segunda Guerra Mundial (meados do século XX). É a fase que vivemos até a atualidade.
- Introdução do uso de novas fontes de energia como, por exemplo, a nuclear.
- Desenvolvimento e início do uso da informática, principalmente por parte de empresas e governos.    Posteriormente para todas as pessoas.
- Melhorias nas condições de trabalho com ampliação dos direitos trabalhistas.
- Fortalecimento do sistema capitalista.
- Crescimento econômico do Japão e da Alemanha que passam a figurar como potências econômicas na segunda metade do século XX.
- Desenvolvimento da Genética e da Biotecnologia, oferecendo novos recursos para a área médica e fortalecendo a indústria de medicamentos.
- Desenvolvimento da Globalização, principalmente após o fim da Guerra Fria, que trouxe um novo cenário nas relações econômicas e formas de produção.
- No final do século XX e começo do XXI, temos o desenvolvimento da Internet que alavancou o mundo do comércio e das finanças.
- Inicio, a partir da década de 1970, das preocupações com o Meio Ambiente (aquecimento global, efeito estufa, desmatamentos, extinção de espécies animais, buraco na camada de ozônio).
- Aumento da importância, no cenário econômico global, dos países emergentes (China, Rússia, Brasil e Índia).

Taylorismo e Fordismo
Taylorismo e fordismo são formas de organização da produção industrial que revolucionaram o trabalho fabril durante o século XX. Esses dois sistemas visavam à maximização da produção e do lucro.
No início do século XX duas formas de organização de produção industrial provocaram mudanças significativas no ambiente fabril: o taylorismo e o fordismo. Esses dois sistemas visavam à racionalização extrema da produção e, consequentemente, à maximização da produção e do lucro.
Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915), engenheiro mecânico, desenvolveu um conjunto de métodos para a produção industrial que ficou conhecido como taylorismo. De acordo com Taylor, o funcionário deveria apenas exercer sua função/tarefa em um menor tempo possível durante o processo produtivo, não havendo necessidade de conhecimento da forma como se chegava ao resultado final.
Sendo assim, o taylorismo aperfeiçoou o processo de divisão técnica do trabalho, sendo que o conhecimento do processo produtivo era de responsabilidade única do gerente, que também fiscalizava o tempo destinado a cada etapa da produção. Outra característica foi a padronização e a realização de atividades simples e repetitivas. Taylor apresentava grande rejeição aos sindicatos, fato que desencadeou diversos movimentos grevistas.
Henry Ford (1863 – 1947), por sua vez, desenvolveu o sistema de organização do trabalho industrial denominado fordismo. A principal característica do fordismo foi a introdução das linhas de montagem, na qual cada operário ficava em um determinado local realizando uma tarefa específica, enquanto o automóvel (produto fabricado) se deslocava pelo interior da fábrica em uma espécie de esteira. Com isso, as máquinas ditavam o ritmo do trabalho.
O funcionário da fábrica se especializava em apenas uma etapa do processo produtivo e repetia a mesma atividade durante toda a jornada de trabalho, fato que provocava uma alienação física e psicológica nos operários, que não tinham noção do processo produtivo do automóvel. Essa racionalização da produção proporcionou a popularização do automóvel de tal forma que os próprios operários puderam adquirir seus veículos.
Tanto o taylorismo quanto o fordismo tinham como objetivos a ampliação da produção em um menor espaço de tempo e dos lucros dos detentores dos meios de produção através da exploração da força de trabalho dos operários. O sucesso desses dois modelos fez com que várias empresas adotassem as técnicas desenvolvidas por Taylor e Ford, sendo utilizadas até os dias atuais por algumas indústrias.

Toyotismo, ou acumulação flexível, é um modo de produção que sucedeu o Fordismo a partir da década de 1970. Esse modelo industrial foi aplicado inicialmente no Japão em virtude das limitações territoriais existentes nesse país, que é extremamente dependente da importação de matérias-primas e dispõe de pouco espaço para armazenar os seus produtos.
O Toyotismo é caracterizado por romper com o padrão fordista de produção em massa, que se destacava pela estocagem máxima de matérias-primas e de produtos maquinofaturados. Com esse novo modo de produção, a fabricação passou a não prezar mais pela quantidade, mas pela eficiência: produz-se dentro dos padrões para atender ao mercado consumidor, ou seja, a produção varia de acordo com a demanda.
Com isso, foi implantado o sistema just-in-time (em tradução literal: “em cima da hora”). Nesse sistema, a importação das matérias-primas e a fabricação do produto acontecem de forma combinada com os pedidos dos consumidores, com prazo de entrega a ser cumprido. Dessa forma, a oferta de produtos nunca será maior do que a demanda, o que acarreta na diminuição dos produtos em estoque e dos riscos da queda de lucros dos investidores.
À medida que a implantação do sistema toyotista foi se ampliando no mundo do mercado industrial, mais notória foi a desregulamentação das condições e dos direitos trabalhistas. Ao contrário do fordismo, em que um trabalhador realizava somente uma única função, agora um mesmo trabalhador é responsável por funções diversas, executando-as conforme as necessidades da empresa. Em razão dessa flexibilidade, o toyotismo passou a ser chamado também de acumulação flexível.

Além disso, observou-se um aumento das terceirizações no processo de produção, pois se tornou mais barato pagar outra empresa para fazer um determinado serviço do que uma única corporação comandar todo o processo produtivo. Isso ampliou o aumento do desemprego e da formação do exército de reserva de trabalhadores, proporcionando a diminuição média dos salários e o aumento da precarização do trabalho.

domingo, 13 de abril de 2014

aula 2º ano Ensino Médio

GEOGRAFIA – Prof. Wil Martins
E.E. Prof. Catharina C. Padovani
A GÊNESE GEOECONÔMICA DO TERRITÓRIO BRASILEIRO


Texto compilado por prof. Wil Martins

COLONIZAÇÃO: Relação entre uma sociedade que se expande e os lugares onde ocorre essa expansão, configurando uma conquista territorial ou uma adição de território ao patrimônio do colonizador.
- colonização de exploração: é um método onde prevalecem os interesses mercantis, ou seja, a terra é utilizada somente para dar lucros à metrópole. Essa permanência em novo território seria provisória, uma vez que as famílias dos navegantes exploradores ficavam no país de origem desses - no continente europeu.
Sendo a lucratividade o interesse principal, foram desenvolvidas várias técnicas que caracterizaram esse sistema de colonização; técnicas hoje conhecidas como "plantation"(Latifúndio, Monocultor, Escravocrata):
·         Latifúndio (extensa propriedade agrícola)
·         Monocultor (especialização de um produto, no Brasil foi o caso da cana-de-açúcar)
·         Escravocrata (força de trabalho escrava)

- colonização de povoamento: é classicamente, conceituada como "o tipo de colonização onde os colonizadores povoavam e desenvolviam a terra". Mas, há controvérsias, porque vários historiadores concordam com a ideia de que "não se pode povoar uma terra sem explorá-la e não se pode explorar uma terra sem povoá-la"

COLÔNIA: Representa a consolidação de domínio territorial, o que implica apropriação de terras, submissão das populações defrontadas e exploração dos recursos presentes no território colonial.

·         Na maioria das vezes foi utilizado o uso de violência na conquista e domínio das colônias.

ECONOMIA COLONIAL: O que caracterizava a economia colonial eram as relações escravagistas de produção que o Brasil manteve até 1888. A implantação do capitalismo no Brasil se deu quando foram introduzidas as relações assalariadas de produção.

D.I.T. : A divisão do trabalho ou da produção imposta pelos países colonizadores (metrópoles) às suas colônias que determinava o fornecimento de produtos primários e a compra de produtos manufaturados e industriais estabelecia a interdependência econômica entre ambos.

ACUMULAÇÃO PRIMITIVA DE CAPITAL: Processo de acumulação de riquezas ocorrido na Europa (séculos XVI a XVIII) que possibilitou grandes transformações econômicas ocorridas com a 1ª Rev. Indl. (XVII e XIX)

ESPAÇOS EXTROVERTIDOS: Espaços geográficos produzidos e organizados para atender o mercado externo. Ex. Agroindústria da cana-de-açúcar (XVI e XVII); Espaço da mineração (XIX e XX); Espaço do café (XIX e XX).

ARQUIPÉLAGO ECONÔMICO: Falta de integração entre as economias regionais que se constituíram como espaços relativamente autônomos de produção e consumo, em grande parte resultantes da economia colonial.

CICLO ECONÔMICO
                                   Período                                   Área                            Destino
Cana-de-açúcar            Sec. XVI e XVII             Litoral do Nordeste       Mercado europeu
Mineração                    Século XVIII                 MG, MT e GO               Portugal e ouro para Inglaterra
Café                            Sec. XIX e XX              RJ, SP, MG, ES           Europa e EUA










TERRITÓRIO BRASILEIRO: DO “ARQUIPÉLAGO” AO CONTINENTE

            Entre o século XVI e o início do século XX (até 1930), o Brasil era um país desarticulado devido a três fatores:
1.     Povoamento: concentrado no litoral e ao longo dos rios (influência do “meio natural”)
2.     Ausência de integração: as áreas econômicas mais ativas e densamente povoadas estavam isoladas comunicando-se apenas por via marítima (influência do “meio natural”).
3.     Ocupação econômica: até meados do século XX, foi estimulada pela demanda de produtos para o comércio exterior.

MEIOS TÉCNICOS: O território brasileiro incorporou a utilização das máquinas (telégrafos, ferrovias, portos, etc) de forma seletiva caracterizando desigualdades regionais.
            No século XIX, como desenvolvimento da economia cafeeira no Sudeste, verificou-se uma inflexão (alteração da direção) no processo de valorização do território brasileiro e suas principais características foram:
- Construção de sistemas técnicos com o surgimento de setores comerciais e bancários, associados às novas condições de transportes e comunicações.
- Relativa integração do território que até o início do século XX estava entre Rio e São Pulo.
- Industrialização que ocorre intensamente em São Paulo e arredores.
- Ocupação econômica que na década de 1950 foi favorecida em virtude da ampliação dos esforços para equipar o espaço nacional com vias de circulação e infraestrutura.
- Construção de Brasília mascando o processo de interiorização.

MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL: Seu funcionamento tem como base técnica a fusão das tecnologias da informação com as telecomunicações, gerando as novas tecnologias da informação.
Desde a década de 1970 o território brasileiro apresenta novas e significativas transformações:

- Infraestrutura e integração nacional: aproveitamento das principais bacias hidrográficas para a produção de eletricidade; modernização dos portos; construção de ferrovias; desenvolvimento da rede rodoviária; instalação da rede de telecomunicações.
- Diversificação econômica e desconcentração industrial: a indústria tornou-se diversificada e iniciou a sua desconcentração.
- Nova fase de urbanização: Desde a década de 1970 ocorre a difusão do fenômeno urbano em todas as regiões.
- Região concentrada: é a área onde se verificam os acréscimos de ciência e tecnologia ao território (Estados do Sul e Sudeste)



Aula 1º ano do E.M.

GEOGRAFIA – Prof. Wil Martins
E.E. Prof. Catharina C. Padovani

GRÁFICOS
 Texto e atividade elaborados por Prof. Wil Martins

         Gráfico é um desenho feito de forma precisa, a partir de informações numéricas sobre uma realidade. Trata-se de uma ilustração que representa geometricamente uma informação dada em números. O Gráfico é um instrumento que possibilita transmitir muitas vezes o significado de planilhas ou tabelas complexas de uma forma mais eficiente e mais simples.
            Para se criar um gráfico é preciso primeiro conhecer o tipo de informação que se deseja transmitir, pois um gráfico poderá informar de forma visual as tendências de uma série  de valores em relação a um determinado espaço de tempo, a comparação de duas ou  mais situações e muitas outras situações. Todo gráfico gerado em sistemas computacionais é dinâmico, ou seja, quando é alterado um dos dados de uma planilha  em que um gráfico se baseia o gráfico também é atualizado.
          A maior parte dos gráficos utiliza os dados em relação a um eixo X horizontal e a um eixo Y vertical, podendo o eixo X conter um escala de categorias como: valores, faixas etárias, medidas métricas, anos, meses, dias da semana, localidades geográficas, etc. O eixo Y poderá conter os valores definidos dentro de uma planilha. O gráfico é um objeto gráfico que se poderá efetuar cópia, movimentação, alteração do tamanho e mudança de seu estilo de apresentação.
            Como o gráfico ajuda entender as informações contidas em uma tabela.

          A partir da tabela abaixo é possível construir um gráfico simples e de fácil visualização para entender qual a dimensão territorial entre os países citados na tabela.
                                                                   
                                 América do Norte

PAÍSES
 
CAPITAIS
ÁREA - KM²
Ottawa
9.984.670
Washington
9.371.175
Cidade do México
1.958.201
TOTAIS
21.314.046

 América do Sul                                                

PAÍSES
 
CAPITAIS
ÁREA - KM²
Buenos Aires
2.780.400
La Paz
1.098.581
Brasília
8.547.403,5
Santiago
756.950
Bogotá
1.138.914
Quito
283.561
Georgetown
214.970
Caiena
83.846
Assunção
406.752
Lima
1.285.220
Paramaribo
163.821
Montevidéu
176.215
Caracas
916.445
TOTAIS
17.845.613

Tabelas extraídas do http://www.portalbrasil.net/americas.htm