quinta-feira, 1 de maio de 2014
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Aula 1ºano E.M. - Fluxos e Redes Geográficas
GEOGRAFIA – Prof. Wil Martins
E.E.
Prof. Catharina C. Padovani
Texto
compilado por Prof. Wil Martins
FLUXOS E REDES
GEOGRÁFICAS
O
capitalismo necessita se globalizar ou se mundializar para que extraia
mais-valia nos mais diferentes locais do mundo, ou seja, é uma globalização do
processo de produção. As grandes empresas não precisam de um território como um
todo, pois elas trabalham com pontos particulares que são alavancas da
realização da sua riqueza.
O "meio
técnico-científico-informacional" é uma criação da sociedade capitalista,
sendo decisivo para a otimização da realização do capital. O capitalismo tem
uma dimensão social (na cultura, relações trabalhistas, etc) e tem uma dimensão
espacial-territorial. A sociedade capitalista está globalizando a sua produção
e criou o "meio técnico-científico-informacional" para a sua própria
existência.
Nas
últimas décadas do século XX, com o esgotamento do fordismo e a emergência da
revolução tecnocientífica, os novos padrões locacionais apontam no sentido da
desconcentração espacial das indústrias. As antigas concentrações industriais
dos países desenvolvidos vêm perdendo terreno para novas regiões produtivas
marcadas pelo uso de tecnologias modernas e pela forte integração com os
centros de produção de pesquisa e desenvolvimento das universidades.
A
estrutura em rede das corporações transnacionais se dissemina a partir da
década de 1970, com a emergência do ciclo de inovações conhecido como revolução
tecnocientífica que tem seu núcleo na informática, ou seja, no entrelaçamento
da indústria de computadores e softwares com as de telecomunicações. Os avanços
nas técnicas de armazenamento e processamento de informações foram
potencializados pelas redes digitais, cabos de fibra ótica e satélites de
comunicações. Essas novas tecnologias permitem a gestão informatizada dos
fluxos de informação e de produtos e inauguram o regime de acumulação flexível (flexibilidade dos processos de trabalho, dos
mercados de trabalho, dos produtos e padrão de consumo.), Caracteriza-se pelo
surgimento de setores de produção inteiramente novos, novas maneiras de
fornecimento, de serviços financeiros, novos mercados e, sobretudo, taxas
altamente intensificadas de inovação comercial, tecnológica e organizacional. A
acumulação flexível envolve rápidas mudanças dos padrões de desenvolvimento
desigual, tanto entre setores como entre regiões geográficas, criando, por
exemplo, um vasto movimento no emprego, no chamado “setor de serviços”, bem
como conjuntos industriais completamente novos em regiões até então
subdesenvolvidas.
O espaço
geográfico, na vigência deste "meio
técnico-científico-informacional", está organizado de uma maneira onde os
fluxos se aceleram, sendo esta a ordem das redes geográficas. A idéia de
"rede" é importante para poder explicar a realidade, pois as relações
culturais-produtivas-sociais estão cada vez mais horizontalizadas. Estas
redes são a forma principal dos espaços da globalização, sendo essenciais para
que este fenômeno se materialize ou se concretize. As redes geográficas levam
em conta “espaços descontínuos”, com uma abrangência horizontal, mas
intensamente articulados.
Para a
melhor potencialização da produção são necessárias uma padronização dos lugares
e uma horizontalização dos pressupostos capitalistas, fazendo fluir mais
dinamicamente a produção em uma “destruição criativa”. A corrida pela inclusão
na rede a um só tempo aproxima e afasta as componentes sociais do lugar. Acirra
as disputas internas dos lugares e entre as forças dos distintos lugares. E
assim um caráter novo de luta política aparece dentro e em decorrência do que é
o novo caráter do espaço, exigindo que se reinvente as formas de ação e que se
deixe em posição subalterna as formas clássicas mais antigas.
As redes
geográficas são a expressão do “espaço pós-fordista” (ou toyotista), sendo
essenciais para que o processo de globalização ocorrer, para a sociedade
capitalista sobreviver e para que o "meio
técnico-científico-informacional" se realize.
As redes são realidades concretas, formadas por pontos interligados, que
tendem a se espalhar por toda a superfície terrestre, ainda que de maneira
descontínua. Essas redes se constituem na base da modernidade atual e na
condição necessária para a plena realização da economia global. Elas formam ou
constituem o veículo que permite o fluxo das informações, que são hoje o motor
principal da globalização.
No
Brasil, o “espaço fordista” só se consolidará totalmente durante o segundo
governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2006-2010), pela consolidação
do consumo (destacando programas de aumento de renda familiar, tal como a
“Bolsa Família”). Atualmente temos em nosso território o “espaço pós-fordista
ou toyotista”, levando a globalização produtiva da sociedade capitalista às
últimas consequências, integrando horizontalmente vários locais distantes
localmente. A exclusão e a desigualdade social e territorial estão ainda
maiores e cada vez mais planejadas.
O “espaço
pós-fordista ou toyotista” cria territórios de exclusão, levando o processo de
globalização às ultimas consequências. A globalização, as “redes geográficas” e
o "meio técnico-científico-informacional" estão mais
desenvolvidos na sociedade capitalista, até para que a produção capitalista
ocorra de maneira mais lucrativa para a burguesia, fazendo com que o capital se
reproduza de maneira mais potencializada.
Para que
esta rede produtiva seja instalada, o Estado deve exercer importante função
através da pesada repressão policial-militar que o bloco industrial agrário
impõe ao movimento operário esta ampla tutela: a jurídico política (tutela
sindical-trabalhista) e a ideológico-cultural (tutela escolar). Desarticulado
organicamente pelos aparatos repressivos do Estado, o operariado e igualmente
desarticulado em seus parâmetros de existência. Progressivamente, completa-se a
desagregação da sua condição de classe, sob um modo de vida imposto pelas
articulações do capital, via Estado corporativo: no espaço-fabril-bairro se
dissolve no espaço-mercado, e a consciência de classe se dissolve na cultura
formal-escolar.
Principalmente
através destes aparatos, temos uma verdadeira “globalização” produtiva e de
territórios, com unificação de lugares e de espaços regionais dantes isolados.
Esta globalização em rede também se dá na padronização dos modos de vida dos
moradores das cidades e dos campos, possibilitando a perda da individualidade e
muito da identidade local destas pessoas.
Compreender a rede geográfica é determinante para compreender o fenômeno de
globalização, a sociedade e o espaço contemporâneo. As exclusões e
desigualdades espaciais e sociais são a raiz do Modo de Produção Capitalista e
é uma contradição do capital compreendida na “lei do desenvolvimento desigual e
combinado”. Só há uma igualdade aparente no mercado, que desaparecerá na esfera
da circulação, com a desigual distribuição de renda ou das riquezas (ao patrão
cabe a riqueza e ao empregado a pobreza). Há também uma desigualdade nas taxas
de mais-valia entre os capitalistas nas diferentes empresas. Esta desigualdade
combinada só tende a ampliar na reprodução da acumulação do capital.
Os fluxos são: mercadorias, informações,
capitais e pessoas.
Redes são: Redes de transporte, Rodovias, Ferrovias,
Hidrovias, Aerovias, Redes de Comunicação, Satélite
Linhas telefônicas, Antenas parabólicas, Fios,
Cabos, Diversos aparelhos
Os fluxos de pessoas é cada vez maior o
numero de pessoas que viajam pelo mundo.
Os motivos são diversos: Trabalho, Turismo, Melhores
condições de vida, Fugindo das guerras, perseguição políticas ou religiosas.
terça-feira, 22 de abril de 2014
Circuitos da produção ( 2º ano E.M. )
E.E.
Prof. Catharina C. Padovani
Texto compilado por
prof. Wil Martins
2º ANO E.M.
OS CIRCUITOS DA PRODUÇÃO
INDÚSTRIA
Uma indústria é um conjunto de empresas
que produzem ou vendem produtos semelhantes ou que prestam serviços
semelhantes. As fazendas compõem a indústria da agricultura, ou indústria
agrícola. As fábricas fazem parte da indústria manufatureira. As escolas
integram a indústria de serviços educacionais. Portanto, ao contrário do que
normalmente se pensa, o termo “indústria” não significa apenas “fábrica”, mas
toda atividade organizada em grande escala.
As indústrias são importantes para
a economia de cada país. A primeira indústria humana foi a agricultura.
Esta ainda é a indústria principal da maioria dos países em desenvolvimento.
Outra indústria que está entre as
primeiras a terem surgido é a da mineração, ou seja, a
extração de metais e outros materiais da terra. Desde os tempos pré-históricos
os humanos extraem metais para produzir ferramentas e outros bens.
As indústrias manufatureiras fabricam bens com as matérias-primas produzidas pela agricultura e
pela mineração. Esses bens servem para uso cotidiano, como roupas, carros,
computadores, papel e alimentos processados. Outra indústria é a da construção
civil. Os trabalhadores da construção constroem casas, prédios, estradas,
portos, pontes, barragens, usinas e sistemas de esgotos, por exemplo.
A indústria de serviço domina as
economias dos países desenvolvidos. Os trabalhadores da indústria de serviços
não fornecem bens concretos — em vez disso, realizam ações. Professores,
mecânicos de automóveis, barbeiros, pintores de paredes, banqueiros e atores,
todos atuam na indústria de serviços. Uma das mais importantes entre as
indústrias de serviços é a das telecomunicações. Ao conectar telefones e computadores, as telecomunicações permitem que
pessoas falem com outras que estão a grandes distâncias.
Revoluções industriais: Primeira, segunda e terceira revoluções.
Nos
primórdios da presença humana na Terra, as
modificações que o homem produzia eram muito pequenas, sobretudo, antes do
desenvolvimento da atividade agrícola. No decorrer da história da humanidade,
com o crescimento populacional e com o desenvolvimento de novas técnicas, o
domínio de novas tecnologias e os novos instrumentos de produção, as
intervenções nas paisagens foram sendo cada vez mais intensas e amplas.
Nesse
sentido, um marco na relação sociedade-natureza e no estabelecimento de novas
formas de produção foi a Primeira Revolução Industrial.
Essa
Revolução Industrial foi um processo iniciado na Inglaterra,
aproximadamente na metade do século 18, que teve como um dos principais
acontecimentos a invenção da máquina a vapor e sua aplicação na produção
têxtil, ou seja, na fabricação de fios e tecidos.
Esse
processo trouxe modificações significativas na economia e na sociedade, que se
tornaram mais complexas, e, por consequência, no espaço geográfico:
aumentou a quantidade de profissões, de mercadorias produzidas, de unidades de
produção (as fábricas); as cidades passaram a crescer, em alguns casos, num
ritmo bastante acelerado; o campo conheceu um processo de mecanização; foram
estruturadas ferrovias, que aumentaram a capacidade de circulação de
mercadorias e pessoas, além de terem agilizado o transporte; a necessidade por
matérias-primas agrícolas e minerais ampliou-se significativamente e, em
decorrência disso, muitos povos foram explorados, sobretudo no continente africano.
Essas
modificações foram, num primeiro momento, restritas aos países que hoje
denominamos de desenvolvidos - diversos da Europa, como Alemanha, França,Bélgica e Holanda entre
outros, além da própria Inglaterra; EUA; Japão. A
partir de meados do século 20, alguns países subdesenvolvidos se
industrializaram, entre eles, o Brasil, mas o
processo verificado nesses países é diferente daquele que ocorreu nos
desenvolvidos, pois, por exemplo: o capital (dinheiro e máquinas) veio, em boa
parte, de fora (de outros países), assim como a tecnologia, por meio de
empresas estrangeiras (multinacionais).
Segunda
Revolução Industrial
Desde a
Primeira Revolução Industrial, o avanço tecnológico passou a atingir um ritmo
bastante acelerado e isso se intensificou a partir da segunda metade do século
20 (Terceira Revolução Industrial), com o lançamento contínuo de novos
produtos, a elaboração de novas máquinas e o aprimoramento de equipamentos de
informática e de robôs, sempre controlados pelas grandes empresas
multinacionais que possuem sedes nos países desenvolvidos e por esses países
mesmos.
Na Segunda Revolução Industrial,
entre meados do século 19 e meados do século 20, diversos inventos passaram a
ser produzidos e comercializados: automóvel, telefone, televisor, rádio, avião.
Essas
situações de avanço tecnológico contínuo e modernização de equipamentos e
produtos podem contribuir para que as pessoas desvalorizem o que não é moderno,
inclusive, as sociedades que têm uma grande riqueza cultural, nas quais a
criatividade humana está presente de forma marcante, como nas diversas
sociedades indígenas que habitam o Brasil.
Terceira revolução industrial
Logo após
a Segunda Grande Guerra, a economia internacional começou a passar por
profundas transformações. Elas caracterizam a Terceira Revolução Industrial,
diferenciando-a das duas anteriores, uma vez que engloba mudanças que vão muito
além das transformações industriais.
Essa nova
fase apresenta processos tecnológicos decorrentes de uma integração física
entre ciência e produção, também chamada de revolução tecnocientífica.
SÍNTESE DAS
FASES DAS REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS
Primeira Fase
- Teve inicio na Inglaterra em meados do século XVIII.
- O pioneirismo inglês pode ser explicado pela existência no país de
minas de carvão mineral (fonte de energia) e minério de ferro (matéria-prima).
- O capitalismo industrial teve grande impulso.
- Foi possível graças ao acumulo de capital.
- Invenção e uso de novos sistemas de transporte como, por exemplo,
ferroviário (locomotivas a vapor) e navios a vapor. Estas invenções eram para
suprir a necessidade de transporte de mercadorias em larga escala.
- Foi uma fase de transição do sistema de produção artesanal para o
industrial.
- Houve a invenção de diversas máquinas movidas a vapor.
- Os trabalhadores das fábricas recebiam salários baixos, enfrentam
péssimas condições de trabalho e não tinham direitos trabalhistas.
- Houve o uso de mão-de-obra infantil e feminina com salários abaixo dos
homens.
- Busca de matérias- primas e mercados consumidores na África e Ásia,
através do neocolonialismo.
Segunda Fase
- Teve inicio nos Estados Unidos no final do século XIX e começo do século XX.
- Teve inicio nos Estados Unidos no final do século XIX e começo do século XX.
- Criação e uso de novas tecnologias como, por exemplo, veículos
automotores e aviões (carros, ônibus, etc).
- Houve também um significativo aperfeiçoamento nas tecnologias
usadas nas máquinas industriais que se tornaram mais eficientes.
- Sistemas de produção mais eficientes, resultando em maior
produtividade com redução de custos como, por exemplo, o fordismo.
- Uso do petróleo e energia elétrica como fontes de energia principais.
- Avanços na área de telecomunicações como, por exemplo, telefone e
rádio.
Terceira Fase
- Liderada também pelos Estados Unidos, teve inicio com o final da
Segunda Guerra Mundial (meados do século XX). É a fase que vivemos até a
atualidade.
- Introdução do uso de novas fontes de energia como, por exemplo, a
nuclear.
- Desenvolvimento e início do uso da informática, principalmente por
parte de empresas e governos. Posteriormente
para todas as pessoas.
- Melhorias nas condições de trabalho com ampliação dos direitos
trabalhistas.
- Fortalecimento do sistema capitalista.
- Crescimento econômico do Japão e da Alemanha que passam a figurar como
potências econômicas na segunda metade do século XX.
- Desenvolvimento da Genética e da Biotecnologia, oferecendo novos
recursos para a área médica e fortalecendo a indústria de medicamentos.
- Desenvolvimento da Globalização, principalmente após o fim da Guerra
Fria, que trouxe um novo cenário nas relações econômicas e formas de produção.
- No final do século XX e começo do XXI, temos o
desenvolvimento da Internet que alavancou o mundo do comércio e das finanças.
- Inicio, a partir da década de 1970, das preocupações com o Meio
Ambiente (aquecimento global, efeito estufa, desmatamentos, extinção de
espécies animais, buraco na camada de ozônio).
- Aumento da importância, no cenário econômico global, dos países
emergentes (China, Rússia, Brasil e Índia).
Taylorismo e Fordismo
Taylorismo e fordismo são formas de organização da
produção industrial que revolucionaram o trabalho fabril durante o século XX.
Esses dois sistemas visavam à maximização da produção e do lucro.
No início do século XX duas formas de organização
de produção industrial provocaram mudanças significativas no ambiente fabril:
o taylorismo e o fordismo. Esses dois sistemas visavam à racionalização
extrema da produção e, consequentemente, à maximização da produção e do lucro.
Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915), engenheiro
mecânico, desenvolveu um conjunto de métodos para a produção industrial que
ficou conhecido como taylorismo. De acordo com Taylor, o funcionário deveria
apenas exercer sua função/tarefa em um menor tempo possível durante o processo
produtivo, não havendo necessidade de conhecimento da forma como se chegava ao
resultado final.
Sendo assim, o taylorismo aperfeiçoou o processo de
divisão técnica do trabalho, sendo que o conhecimento do processo produtivo era
de responsabilidade única do gerente, que também fiscalizava o tempo destinado
a cada etapa da produção. Outra característica foi a padronização e a
realização de atividades simples e repetitivas. Taylor apresentava grande
rejeição aos sindicatos, fato que desencadeou diversos movimentos grevistas.
Henry Ford (1863 – 1947), por sua vez, desenvolveu
o sistema de organização do trabalho industrial denominado fordismo. A
principal característica do fordismo foi a introdução das linhas de montagem,
na qual cada operário ficava em um determinado local realizando uma tarefa
específica, enquanto o automóvel (produto fabricado) se deslocava pelo interior
da fábrica em uma espécie de esteira. Com isso, as máquinas ditavam o ritmo do
trabalho.
O funcionário da fábrica se especializava em apenas
uma etapa do processo produtivo e repetia a mesma atividade durante toda a
jornada de trabalho, fato que provocava uma alienação física e psicológica nos
operários, que não tinham noção do processo produtivo do automóvel. Essa
racionalização da produção proporcionou a popularização do automóvel de tal
forma que os próprios operários puderam adquirir seus veículos.
Tanto o taylorismo quanto o fordismo tinham como
objetivos a ampliação da produção em um menor espaço de tempo e dos lucros dos
detentores dos meios de produção através da exploração da força de trabalho dos
operários. O sucesso desses dois modelos fez com que várias empresas adotassem
as técnicas desenvolvidas por Taylor e Ford, sendo utilizadas até os dias
atuais por algumas indústrias.
Toyotismo, ou acumulação flexível, é um
modo de produção que sucedeu o Fordismo a partir da década de
1970. Esse modelo industrial foi aplicado inicialmente no Japão em virtude das
limitações territoriais existentes nesse país, que é extremamente dependente da
importação de matérias-primas e dispõe de pouco espaço para armazenar os seus
produtos.
O Toyotismo é caracterizado por romper com o padrão
fordista de produção em massa, que se destacava pela estocagem máxima de
matérias-primas e de produtos maquinofaturados. Com esse novo modo de produção,
a fabricação passou a não prezar mais pela quantidade, mas pela eficiência:
produz-se dentro dos padrões para atender ao mercado consumidor, ou seja, a
produção varia de acordo com a demanda.
Com isso, foi implantado o sistema just-in-time (em
tradução literal: “em cima da hora”). Nesse sistema, a importação das
matérias-primas e a fabricação do produto acontecem de forma combinada com os
pedidos dos consumidores, com prazo de entrega a ser cumprido. Dessa forma, a
oferta de produtos nunca será maior do que a demanda, o que acarreta na
diminuição dos produtos em estoque e dos riscos da queda de lucros dos
investidores.
À medida que a implantação do sistema toyotista foi
se ampliando no mundo do mercado industrial, mais notória foi a
desregulamentação das condições e dos direitos trabalhistas. Ao contrário do
fordismo, em que um trabalhador realizava somente uma única função, agora um
mesmo trabalhador é responsável por funções diversas, executando-as conforme as
necessidades da empresa. Em razão dessa flexibilidade, o toyotismo passou a ser
chamado também de acumulação flexível.
Além disso, observou-se um aumento das
terceirizações no processo de produção, pois se tornou mais barato pagar outra
empresa para fazer um determinado serviço do que uma única corporação comandar
todo o processo produtivo. Isso ampliou o aumento do desemprego e da formação
do exército de reserva de trabalhadores, proporcionando a diminuição média dos
salários e o aumento da precarização do trabalho.
domingo, 13 de abril de 2014
aula 2º ano Ensino Médio
GEOGRAFIA
– Prof. Wil Martins
E.E.
Prof. Catharina C. Padovani
A GÊNESE GEOECONÔMICA DO
TERRITÓRIO BRASILEIRO
Texto
compilado por prof. Wil Martins
COLONIZAÇÃO:
Relação
entre uma sociedade que se expande e os lugares onde ocorre essa expansão, configurando
uma conquista territorial ou uma adição de território ao patrimônio do
colonizador.
- colonização de
exploração:
é um método onde prevalecem os interesses mercantis, ou seja, a terra é
utilizada somente para dar lucros à metrópole. Essa permanência em novo
território seria provisória, uma vez que as famílias dos navegantes
exploradores ficavam no país de origem desses - no continente europeu.
Sendo a lucratividade o interesse
principal, foram desenvolvidas várias técnicas que caracterizaram esse sistema
de colonização; técnicas hoje conhecidas como "plantation"(Latifúndio,
Monocultor, Escravocrata):
·
Latifúndio (extensa propriedade agrícola)
·
Monocultor (especialização de um produto, no Brasil foi o caso da
cana-de-açúcar)
·
Escravocrata (força de trabalho escrava)
- colonização de
povoamento: é classicamente, conceituada como "o tipo de colonização
onde os colonizadores povoavam e desenvolviam a terra". Mas, há
controvérsias, porque vários historiadores concordam com a ideia de que
"não se pode povoar uma terra sem explorá-la e não se pode explorar uma
terra sem povoá-la"
COLÔNIA: Representa a consolidação
de domínio territorial, o que implica apropriação de terras, submissão das
populações defrontadas e exploração dos recursos presentes no território
colonial.
·
Na maioria das vezes foi utilizado o uso de
violência na conquista e domínio das colônias.
ECONOMIA COLONIAL: O que
caracterizava a economia colonial eram as relações escravagistas de produção
que o Brasil manteve até 1888. A implantação do capitalismo no Brasil se deu
quando foram introduzidas as relações assalariadas de produção.
D.I.T. : A divisão do trabalho ou
da produção imposta pelos países colonizadores (metrópoles) às suas colônias
que determinava o fornecimento de produtos primários e a compra de produtos
manufaturados e industriais estabelecia a interdependência econômica entre ambos.
ACUMULAÇÃO PRIMITIVA DE CAPITAL: Processo de acumulação de riquezas ocorrido na Europa
(séculos XVI a XVIII) que possibilitou grandes transformações econômicas
ocorridas com a 1ª Rev. Indl. (XVII e XIX)
ESPAÇOS EXTROVERTIDOS: Espaços
geográficos produzidos e organizados para atender o mercado externo. Ex.
Agroindústria da cana-de-açúcar (XVI e XVII); Espaço da mineração (XIX e XX);
Espaço do café (XIX e XX).
ARQUIPÉLAGO ECONÔMICO: Falta de
integração entre as economias regionais que se constituíram como espaços
relativamente autônomos de produção e consumo, em grande parte resultantes da
economia colonial.
CICLO ECONÔMICO
Período Área Destino
Cana-de-açúcar
Sec. XVI e XVII Litoral do Nordeste Mercado europeu
Mineração Século
XVIII MG, MT e GO Portugal e ouro para Inglaterra
Café Sec.
XIX e XX RJ, SP, MG, ES Europa e EUA
TERRITÓRIO BRASILEIRO: DO “ARQUIPÉLAGO” AO CONTINENTE
Entre
o século XVI e o início do século XX (até 1930), o Brasil era um país
desarticulado devido a três fatores:
1.
Povoamento: concentrado no litoral e ao longo
dos rios (influência do “meio natural”)
2.
Ausência de integração: as áreas econômicas
mais ativas e densamente povoadas estavam isoladas comunicando-se apenas por
via marítima (influência do “meio natural”).
3.
Ocupação econômica: até meados do século XX,
foi estimulada pela demanda de produtos para o comércio exterior.
MEIOS TÉCNICOS: O território
brasileiro incorporou a utilização das máquinas (telégrafos, ferrovias, portos,
etc) de forma seletiva caracterizando desigualdades regionais.
No
século XIX, como desenvolvimento da economia cafeeira no Sudeste, verificou-se
uma inflexão (alteração da direção) no processo de valorização do território
brasileiro e suas principais características foram:
- Construção de sistemas técnicos com o
surgimento de setores comerciais e bancários, associados às novas condições de
transportes e comunicações.
- Relativa integração do território que até o
início do século XX estava entre Rio e São Pulo.
- Industrialização que ocorre intensamente em
São Paulo e arredores.
- Ocupação econômica que na década de 1950 foi
favorecida em virtude da ampliação dos esforços para equipar o espaço nacional
com vias de circulação e infraestrutura.
- Construção de Brasília mascando o processo de
interiorização.
MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL: Seu funcionamento tem como base técnica a fusão das
tecnologias da informação com as telecomunicações, gerando as novas tecnologias
da informação.
Desde a década de 1970 o território brasileiro
apresenta novas e significativas transformações:
- Infraestrutura e
integração nacional: aproveitamento das
principais bacias hidrográficas para a produção de eletricidade; modernização
dos portos; construção de ferrovias; desenvolvimento da rede rodoviária;
instalação da rede de telecomunicações.
- Diversificação econômica
e desconcentração industrial: a indústria
tornou-se diversificada e iniciou a sua desconcentração.
- Nova fase de
urbanização: Desde a década de 1970 ocorre a difusão do
fenômeno urbano em todas as regiões.
- Região concentrada: é a área onde se verificam os acréscimos de ciência e
tecnologia ao território (Estados do Sul e Sudeste)
Aula 1º ano do E.M.
GRÁFICOS
Texto e atividade elaborados por Prof. Wil
Martins
Gráfico é um desenho feito
de forma precisa, a partir de informações numéricas sobre uma realidade.
Trata-se de uma ilustração que representa geometricamente uma informação dada
em números. O Gráfico é um instrumento que possibilita transmitir muitas vezes
o significado de planilhas ou tabelas complexas de uma forma mais eficiente e
mais simples.
Para se criar um gráfico é preciso primeiro
conhecer o tipo de informação que se deseja transmitir, pois um gráfico poderá
informar de forma visual as tendências de uma série de valores em relação a um determinado espaço
de tempo, a comparação de duas ou mais
situações e muitas outras situações. Todo gráfico gerado em sistemas computacionais
é dinâmico, ou seja, quando é alterado um dos dados de uma planilha em que um gráfico se baseia o gráfico também
é atualizado.
A maior parte dos gráficos utiliza
os dados em relação a um eixo X horizontal e a um eixo Y vertical, podendo o
eixo X conter um escala de categorias como: valores, faixas etárias, medidas
métricas, anos, meses, dias da semana, localidades geográficas, etc. O eixo Y
poderá conter os valores definidos dentro de uma planilha. O gráfico é um
objeto gráfico que se poderá efetuar cópia, movimentação, alteração do tamanho
e mudança de seu estilo de apresentação.
Como o gráfico ajuda
entender as informações contidas em uma tabela.
A partir da tabela abaixo é
possível construir um gráfico simples e de fácil visualização para entender
qual a dimensão territorial entre os países citados na tabela.
América do Norte
PAÍSES |
CAPITAIS
|
ÁREA - KM²
|
Ottawa
|
9.984.670
|
|
Washington
|
9.371.175
|
|
Cidade do México
|
1.958.201
|
|
TOTAIS
|
21.314.046
|
América do Sul
PAÍSES |
CAPITAIS
|
ÁREA - KM²
|
Buenos Aires
|
2.780.400
|
|
La Paz
|
1.098.581
|
|
Brasília
|
8.547.403,5
|
|
Santiago
|
756.950
|
|
Bogotá
|
1.138.914
|
|
Quito
|
283.561
|
|
Georgetown
|
214.970
|
|
Caiena
|
83.846
|
|
Assunção
|
406.752
|
|
Lima
|
1.285.220
|
|
Paramaribo
|
163.821
|
|
Montevidéu
|
176.215
|
|
Caracas
|
916.445
|
|
TOTAIS
|
17.845.613
|
Tabelas
extraídas do http://www.portalbrasil.net/americas.htm
Assinar:
Postagens (Atom)